Primeiro
Mosteiro Redentorista da América do sul
Origem
Desde
muito tempo o Divino Jardineiro ia preparando, no segredo da oração, os
instrumentos que ele deveria trabalhar nesta vinha escolhida e destinada a
fazer presente e eficaz no mundo a obra salvadora de Jesus Redentor e
libertador.
Duas
jovens brasileiras, chamadas a vida religiosa contemplativa redentorista,
decidiram generosa e animadamente atravessar os mares para ingressar no
mosteiro Redentorista de Bruges, Bélgica.
A
primeira, elena Lucia Isnard, residia no Rio de Janeiro e frequentava a Igreja
de Santo Afonso. Seu diretor espiritual, padre Gualter Perriens era o superior
vice provincial do Rio de Janeiro. Ele foi um dos valiosos instrumentos da
Divina Providencia para a realização do plano de fundação de um mosteiro
redentorista no Brasil.
Elena
Isnard, partiu para Bruges em 1910, fazendo um total sacrifício de sua família
a quem amava até o extremo e de suas
duas pátrias: Brasil e a bela França que a viu nascer. Não imaginava que
passando onze anos retornaria como fundadora do mosteiro de Itu.
A
segunda jovem, natural de Minas Gerais, de uma família tradicional de Juiz de
Fora, foi orientada ppelo padre Matias Tulkens, CSsR. Partiu para o mesmo mosteiro de Bruges dois anos
depois, deixando a comodidade de uma família rica, vencendo sua timidez e os
temores de uma saúde débil. Ingressou no Mosteiro de Bruges em 1912, levava,
porém, a esperança de regressar ao Brasil, pois sabia que uma parenta sua, Ana
de Assis, pessoa profundamente piedosa e dedicada aos Redentoristas, tinha a
intenção de acordo com o padre Gualter, de fundar um mosteiro Redentorista em
Juiz de fora e para esse fim, oferecia generosamente custear todos os gastos.
Entretanto, a Providencia velava sobre esse projeto! Queria, não obstante, que a pobreza estivesse na base desse edifício espiritual.
Quando
terminou a guerra o sr. Ernesti Isnard com sua esposa Srª. Zulmira de Govea
Isnard, em visita a sua irmã Elena, agora irmã Maria Teresa do Menino Jesus,
propuseram fazer a tão desejada fundação. O generoso convite chegava em um
momento pouco favorável para o mosteiro de Bruges que a duras penas começava a
refazer-se e reconstruir-se depois das provas sofridas durante a guerra. De
fato os alemães ocuparam a fazenda e obrigaram as irmãs a refugiar-se em outros
conventos, separados em dois grupos. Também a superiora da comunidade havia
falecido durante aqueles tristes anos. Por tudo isso, seria difícil assumir o
projeto de uma fundação naquele momento. Contudo a generosidade das irmãs não
retrocedera diante do sacrifico que supunha ceder para ir ao Brasil a quatro
irmãs professas.
O
padre Camilo Van Steene, superior provincial da Bélgica e o padre Gualter
Perriens aconselharam com grande interesse e dedicação todas as gerências para
uma nova fundação. Consultando o Cardeal Guilhermo Van Rossum, receberam o seu
caloroso estimulo.