quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Uma mística para nossos dias

Continuando nossa série de espiritualidade Crostarosiana , damos sequencia aos escritos de Jean-Marie Ségalen

Uma mística para nossos dias


Maria Celeste é uma mística da eucaristia.  Uma mística para nossos dias. Os 250 anos de sua entrada no céu coincidiram com o ano de 2005, proclamado "Ano Eucarístico" por João Paulo II. Feliz coincidência!
Sua mensagem, com efeito, e sobretudo sua mensagem eucarística, não é reservada aos contemplativos: é dirigida a todos os cristãos. Por sua vida e seus escritos, Maria Celeste nos convida a descobrir, não novas receitas para a oração ou devoções particulares, mas Alguém, o próprio Jesus, que vem ao nosso encontro na eucarístia para nos falar, purificar de nossas faltas, comunicar sua vida, revelar seu amor, nos transformar e nos enviar ao mundo para continuar sua obra de Salvação.
Orar com Maria Celeste nos arrebata, pois para a contemplação e para a missão. com fé, com alegria, com fogo, o fogo do amor por Jesus, que lhe falava na intimidade de sua ação de graças após a comunhão:

"Eu vim trazer fogo à terra." Para que você se inflame, 
eu venho, neste dia, colocar em seu coração dois tipos
 de fogo, ou melhor, dois de seus efeitos, pois o fogo de minha caridade é um só.
O primeiro é a transformação de sua vida em meu Ser...Como eu, trabalhei unicamente para a glória 
de meu Pai e assim viverá de minha vida, e eu 
viverei na sua.
O segundo efeito desse fogo é o zelo pela salvação 
das almas: você brilhará para o bem e utilidade delas;
 você me dará assim grande prazer e me mostrará um 
amor autêntico (ES, Dixième Jour)



Jovem você já pensou no futuro em seu futuro? Em meio a tantas propostas apresentadas, oferecemos a você nosso estilo de vida, Ser memória Viva do Redentor!
Que tal?
Entre em contato: mosteiroredentorista@ig.com.br




Versão em Espanhol!


Una mística de nuestros días 


María Celeste es una mística de la Eucaristía. Un místico de nuestros días. El 250 aniversario de su entrada en el cielo coincidió con el año 2005, proclamado "Año de la Eucaristía" por Juan Pablo II. Feliz coincidencia! 
Su mensaje, en realidad, y sobre todo su mensaje eucarística no está reservado para los ascetas: Se dirige a todos los cristianos. Por su vida y sus escritos, Maria Celeste le invita a descubrir, no hay nuevas recetas para la oración o devociones privadas, pero alguien, el mismo Jesús, que viene a nosotros en la Eucaristía para decirnos, purificar nuestras faltas, comunicar su vida revelar su amor, nos transforma y nos envía al mundo para continuar su obra de salvación. 
Orar con María Celeste nos arrebata, por tanto, para la contemplación y la misión. con fe, con alegría, con el fuego, el fuego del amor de Jesús, que habló con él en la intimidad de su acción de gracias después de la Comunión: 

"He venido a traer fuego sobre la tierra." Para que usted pueda encender, 
Vengo este día, puesto en su corazón dos tipos 
  fuego, o más bien dos de su efecto, por el fuego de mi caridad es uno. 
El primero es la transformación de su vida en mi ser ... A medida que trabajaba exclusivamente para la gloria 
mi Padre, y así va a vivir mi vida, y yo 
vivir en la suya. 
El segundo efecto de este fuego es el celo por la salvación 
de las almas: que brille para siempre y su utilidad; 
  usted me da tan gran placer y me muestre un 
amor auténtico (ES, Dixième Jour) 




Joven que nunca creyó en el futuro en su futuro? En medio de todas estas propuestas, le ofrecemos nuestro estilo de vida, la memoria Viva Siendo el Redentor! 
¿Qué tal? 
Contacto: mosteiroredentorista@ig.com.br


quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Festa de São Geraldo Magela


Compartilhamos varias imagens do pequeno grande Santo, que fez da sua vida uma oferenda agradavel a Deus e aos irmãos e irmãs!

















Festa de São Geraldo Majella



Hoje comemoramos enquanto Ordem e Congregação a festa de um Grande-Pequeno Santo, porque? Ele soube fazer de sua pequena Vida Religiosa um Grande testemunho de vida para todos os seus irmãos e irmãs! Além de ser um grande testemunho para nós, ele ajudou bastante a Ordem na dimensão vocacional, enviando-nos diversas candidatas para nossa comunidade, Oxalá muitos jovens espelhem-se nele no exemplo de vida simples e dedicada ao Serviço do Reino.










Aqui temos uma de suas cartas enviada a venerável Maria Celeste, sua grande amiga!




Viva o Espírito Santo


Minha Celeste,

desagrada-me não poder escrever-lhe mais longamente, devido à pressa que tenho, pois tenho que sair e estão me esperando na Igreja. Seja sempre feita a vontade divina!
Querida irmã, lembrei-me de que V. Revma. queria um livrinho de cânticos, desde o ano passado; mas, porque não tive oportunidade, não lho enviei: esperei a ocasião. Agora que me acho em Nápoles, lembrei-me de novo. Desde agora, ei-lo, lho envio. Cante na sua cela para que se faça uma grande santa e reze sempre a Deus por mim.

Os senhores seus irmãos a saúdam e estão bem. Saudações à minha priora, a Maria de Jesus, Madalena, Batista, Teresa do Amor Divino, Josefa, à sua irmã, e a todas as outras minhas irmãs; e aqui fico, fazendo-lhes humilde revência.

De V. Revma.

Indigmo. servo e irmão em Jesus Cristo,
Geraldo Magela, do Santíssimo Redentor

sábado, 11 de outubro de 2014

Santo Efrem


O claustro que o cerca
é a paz que tudo envolve.
Sua fortaleza, seu baluarte
a concórdia que tudo reconcilia.
Um querubim o guarda:
sorridente para os de dentro,
ameaçante para os de fora,
que estão na condenação.
Sobre esse Paraíso, puro e santo,
tudo que pudesse dizer
seria espiritual e sutil.
(Hino sobre o Paraíso)





sábado, 4 de outubro de 2014

Uma mística da Eucarístia no século XVIII


 Maria Celeste é uma mística do século XVIII, o século das Luzes e da Razão, caracterizado pela rejeição a todo misticismo. Numa época em que as mulheres pouco valem na sociedade, e mesmo na Igreja, Maria Celeste é uma mulher forte, perseverante, enérgica, decidida.
Sabe dizer sempre "sim" a Deus. E quando necessário sabe dizer "não" aos homens, inclusive aos homens da Igreja.

   Seus Escritos não são muitos e são poucos conhecidos. Certamente ela aprendeu a ler em sua juventude, mas jamais aprendeu escrever, como, aliás, muitas jovens de seu tempo. Isso, entretanto, não a impede de escrever a pedido de seu confessor, de seu diretor espiritual e, sobretudo, a mando do próprio Senhor:


 Bem- amada de meu Coração, escreva a meu respeito; o que eu lhe comuniquei em segredo, diga-o publicamente,  pois é vontade minha que publique todas as verdades recebidas de minha Sabedoria, como também as revelações  sobre minha Encarnação e a grandeza das obras que fiz, quando assumi a natureza humana.
 (Pe. João Batista Leite-Autobiografia)


   Maria Celeste não escreveu para ser editada, ao contrário de seu amigo Afonso, que considerava seus livros como instrumentos de evangelização. A isso ele havia sido encorajado pelo bem-aventurado Janúario Sarnelli, seu companheiro de apostolado, que, com humor, gostava de dize: "Com meus livros, eu pregarei até os confins do mundo."

   São mais modestas as ambições de Maria Celeste. apenas quer colaborar com o esforço de esclarecer a respeito de sua vida espiritual e da fundação do novo Instituto, para a qual, desde 1725, o Senhor a convoca. Erros de ortografia e pontuação, bem como termos do dialeto napolitano, são abundantes em sua pena. simplesmente conta o que se passa entre ela e seu "Amigo bem-amado", o Senhor Jesus. Ela fala "com o arrebatamento de uma mística e se inflama como um vulcão, cuja lava incandescente se solidificou na massa de um dialeto napolitano do século XVIII, sob a pena de uma mulher que praticamente não estudara e para quem o único livro, parece, era a Bíblia. Mas que fez descobertas surpeendentes, para a época, no oceano mais profundo da Palavra de Deus" (Marie-Christine, O.Ss.R., Ma vie c´est le Christ, les écrits de Mère Marie Celeste Crostarosa, Landser, p. 2).

   Os escritos de Maria Celeste revelam uma espiritualidade simplesmente espantosa sobre a eucaristia. Como outros contemplativos, ela sabe mais sobre esse místerio que célebres teólogos. Ela é bem consciente de que cada comunhão não é somente um encontro com o Cristo, mas uma união transformadora, a um tempo dolorosa e feliz: sem deixar de ser ela mesma, ela se torna "corpo de Cristo" e pode dizer com Paulo: "Cristo vive em mim" (Gl 2, 20).



   Narrando sua vida espiritual, Maria Celeste ilumina a nossa. Não com sábias definições, mas com imagens. Belíssimas! Que evocam o mistério, especialmente os mistérios trinitário e eucarístico. Imagens que convidam à viagem da fé cristã.

   Entretanto, não se pode tomar ao pé da letra todas as suas declarações a respeito de visões ou mensagens: nada disso poderia ser filmado por uma câmera oculta ou gravado em fita magnética. Na verdade, não se trata de audições concretas ou de visões físicas, e sim- ela mesma o afirma- de intuições místicas, bem reais, todavia, que a deslumbram. Com sinceridade e humildemente, ela tenta prestar contas disso com palavras do dia-a-dia e imagens próprias suas. Revela-nos assim seu diálogo interior com Cristo, especialmente na hora da comunhão diária.  

   Consequentemente, Maria Celeste não escreve palavra por palavra, como se copiasse um ditado do Senhor, mas procura, com humildade e com amor, traduzir em sua linguagem de mulher aquilo que o Senhor lhe revela. Ela ouve, depois escreve. E isso é extraordinário, porque Maria Celeste não é uma teóloga, mas uma napolitana de coração ardente. Amante do Cristo desde a infância, ela nos faz confidências sobre seu amor apaixonado pelo Senhor. Há, sob sua pena, não menos de noventa vezes, a expressão "a ternura de Deus", e mais de 550 vezes a palavra "amor".

(Orar 15 dias com Maria Celeste)




(Próximo tema: Uma mística para nossos dias, NÃO PERCAM!)

O três de outubro de 1731

   Enquanto numa tarde a religiosa que havia recebido a nova Regra, se encontrava no refeitório, e era Vigília de São Francisco, 3 de outubro do ano 1731, o Senhor atraiu a si o espírito da Religiosa, e se lhe mostrou Nosso Senhor Jesus Cristo junto com o seráfico Pai São Francisco na luz da glória, e o Padre D. Afonso de Liguori estava aí presente. Então o Senhor disse à Religiosa: Esta alma é escolhida para chefe deste meu Instituto, ele será o primeiro superior na congregação dos homens. E a religiosa viu em Deus esta Obra já feita e como efetuada. Ficou sua alma cheia de jubilo sem poder tomar outro alimento corporal, suspensa por uma alegria interior, e lhe restou a companhia daquele Santo Patriarca que com apareceu transformado em Nosso Senhor Jesus Cristo. E Isto durou, enquanto durou a mesa. (...) 
   Passou adiante sem querer acreditar nisso. Na manhã seguinte, dia do Santo Patriarca, de quem a Religiosa era muito devota, foi ela comungar, completamente esquecida de quanto lhe acontecera na tarde anterior. Foi de Novo surpreendida a sua alma pela clareza e luz do Senhor, e entendeu que devia escrever na formula do Instituto aquelas palavras que estão no Evangelho, que dizem: Ide e pregai a toda criatura que se aproxima o Reino dos Céus, (...)
Fez a Religiosa uma relação ao Padre Espiritual de tudo aquilo de que o Senhor a fizera sentir a respeito da nova Congregação dos homens, e todas as outras coisas que lhe tinham sido reveladas.
(Autobiografia p. 92)