sexta-feira, 28 de março de 2014

Formação Espiritual

Iluminados pelo Sol divino


Na Espiritualidade de Maria Celeste Crostarosa é particularmente cara a simbologia do sol. Ela, que nascida em Nápoles contempla o sol que inunda sua terra natal de uma luminosidade que “doura tudo”, compreende que este mesmo sol é uma alusão a imagem de Cristo Redentor que a ensina e conduz, e do qual ela está em perfeita “simbiose” de fé, amor e comunhão. Nos seus escritos, Maria Celeste deixa transparecer e se envolver pelo encantamento e delicadeza deste Sol, que inunda todo o seu ser.
O Sol que é Cristo envolve de luz e sentido a nossa história, pois pelo mistério de sua encarnação, a nossa humanidade é plenificada e divinizada, e, portanto, porta aberta para se chegar a Deus. Ignorar a humanidade de Deus em Jesus Cristo é ignorar a comunicação de amor que se estabelece entre o Cristo, Verbo do Pai e o ser humano, revestindo-o de todas as graças e virtudes.
Sob o Sol do Amor que é Cristo, Maria Celeste fundamenta a sua espiritualidade. Em seus escritos, ela assim descreve esta intuição mística: “Este sol que você vê no mundo visível, foi criado como símbolo do Sol divino que, por sua divindade, ilumina o íntimo da alma. Esses são os efeitos que produz minha divina presença nas almas que criei. Você agora, a partir desse sol material que brilha todos os dias, você admirará minhas divinas perfeições”[1]. Como o Filho é imagem do Pai, e nós somos a imagem do Filho, através do Verbo, o Pai nos comunica sua graça e nos faz participantes de sua divindade, isto é, imprime em nós o seu SER para sermos vivas memórias do Redentor.
Diante deste Sol divino que é o Cristo, não temos outra coisa a fazer senão deixar ser transformado por Ele. Se expor diante de sua luminosidade para ser purificado pelo seu amor: “De teu divino Ser desprende-se um amor doce e flamejante. À luz dessa chama que, de teu coração, passa para o meu, eu compreendo coisas maravilhosas”[2].
Para Maria Celeste, Cristo é uma “presença continuamente experimentada”[3]. Ela vive desta presença sempre experimentada, e deixa-se impregnar pelo jeito de agir e ser de Cristo, que cada vez mais ela passa tornar-se sua viva memória no mundo. Essa presença é particularmente experimentada no momento da eucaristia: “Depois da santa comunhão, minha alma entrou em ti; mas como já havias entrado em meu coração, eu mesma me perdi, enquanto me revelavas uma grandeza infinita... Fez-se no intimo de minha alma um clarão, através do qual eu contemplei o Sol eterno...”[4] É através da Eucaristia que Cristo se faz mistério luminoso para aquele que crê, e assim, toda a sua vida é divinizada e purificada por Ele, a ponto de dizer como São Paulo: Eu vivo, mas já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim” Gl 2, 20. Ao expressar a sua intimidade para com Jesus presente na eucaristia, Celeste dirá que Jesus inventou a eucaristia para nos transformar n’Ele.
A proposta espiritual de Maria Celeste é um convite a todo cristão para redescobrir na Eucaristia Aquele que é o Sol divino da nossa existência, que nos comunica sua vida e quer ser próximo de cada um de nós, e deseja a nossa transformação para que desta forma, nós continuemos a sua obra de redenção no mundo. Cabe a cada um de nós se expor a luminosidade do Cristo, para acolhermos a graça que nos converte e imprime em nós o selo do amor do Pai e os mesmos sentimentos do Filho.
Rodrigo Costa Silva,
Noviço Redentorista,
Graduado em Filosofia/UFJF




[1] SÉGALEN, Jean-Marie. Orar 15 dias com Maria Celeste Crostarosa: uma mística da Eucaristia do Século XVIII. Aparecida/SP: Editora Santuário, 2008, p. 34.
[2] Idem, p. 35.
[3] CAPONE, Domenico; LAGE, Emílio; MAJORANO, Sabatino. Maria Celeste e sua espiritualidade. [tradução Ivo Montanhese]. Aparecida/SP: Editora Santuário, 1999, p. 19.
[4] SÉGALEN, Jean-Marie. Orar 15 dias com Maria Celeste Crostarosa: uma mística da Eucaristia do Século XVIII. Aparecida/SP: Editora Santuário, 2008, p. 35.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Nossa formação



 A nossa formação não tem outro sentido a não ser, fazer com que nossas vocacionadas se aproximem e se deixem apaixonar pelo Santíssimo Redentor, por isso nossa formação é divida por etapas, afim de que nossas jovens vá crescendo no amor pela Copiosa Redenção.


Vocacionada: Esse é o primeiro contato da jovem com nossa ordem, começamos a caminhar e amadurecer a vocação afim de que possamos dar um sim generoso ao chamado de Jesus. Essa etapa dura no minimo seis mês e no máximo um ano. O acompanhamento se dá por meio de cartas, telefonemas e visitas a nossa portaria.


Aspirantado: Após o acompanhamento vocacional a jovem que se sente chamada a esse estilo de vida  tem a oportunidade de nos conhecer mais de perto, podendo conviver em nossa clausura num periodo de um a três meses afim de aprofundar seu chamado.
 (Aspirante com noviça de Scala)




Postulantado: Após o aspirantado a jovem retorna para sua casa e se vê que esse estilo de vida é o que quer pode fazer o pedido de ingresso na etapa do postulantado. Assumindo assim, a radicalidade da vida monástica Redentorista, bem como seus direitos e deveres. Nessa etapa tem um aprofundamento da vida catequetica, história da Igreja e conhecimento da família Redentorista.

(postulantes da Polônia)   
(postulantes do México)   




Noviciado: a etapa do noviciado tem a duração de dois anos e é conhecido como o ano da graça, onde a jovem amadurece sua vocação num tempo dedicado ao grande deserto. Com o auxilio da mestra de noviça aprofundará a vida de nossa Fundadora Maria Celeste, bem como Santo Afonso e demais santos e beatos redentoristas. Estudará os escritos da venerável bem como nossas constituições e estatutos.
(primeira noviça da Tailândia) 



Juniorato: Após a experiencia do grande deserto a jovem que quer se doar totalmente ao divino Esposo como "uma memória viva" do seu amor radicaliza sua escolha com a profissão religiosa, prometendo viver
os conselhos evangélicos de pobreza, obediência e castidade.







(irmã Monic-juniora das filipinas)




Venha fazer parte de nossa família!
Entre em contato
mosteiroredentorista@ig.com.br




sexta-feira, 7 de março de 2014

Nossas irmãs pelo mundo- Série 2


Apresentamos nossa segunda série de fotos de nossas irmãs, que seja um motivo de animo para as jovens se entregarem ao chamado de Deus!



Irmãs de São Fidélis-RJ

















 Comunidade de Cebu



Comunidade do México


 Mosteiro de Quilmes


Comunidade da Tailândia



Comunidade da Irlanda




 Comunidade de Madri

 Irmãs de Ried



E claro! não poderíamos faltar nossa comunidade!

(Irmãs Marli e Gorette)

Jovem venha se juntar á nós!
entre em contato!


quarta-feira, 5 de março de 2014

Conheça-nos!



Jovem venha ser uma Monja Redentorista !

(Primeira vocação da Ucrania- rezemos pela instação do mosteiro naquele território de missão!)

Convidamos todas as mulheres que buscam  consagrar-se a Cristo e à Igreja através do ministério da oração!
Sendo uma irmã Redentorista:
  • Viverá em um comunidade monástica estável, mas não muito grande.
  • Praticará a oração comum- louvores completos, buscando fomentar todo o ritual e pratimônio Espiritual da Igreja.
  • Oração pessoal, nossa vocação na Igreja
  • Simplicidade, unidade e amor mútuo na comunidade - o nosso ideal primeiro.
  • hospitalidade a todos os que vêm até nós (nós não vamos as pessoas, mas sempre estamos prontas para receber aqueles que precisam de ajuda.).
  • Nossa missão especial é a unidade, no sentido mais amplo da palavra, o espírito de cooperação dos missionários Redentoristas com nossas orações pelos seus diversos apostolados.


Foto das duas irmãs que fecharam o mosteiro Bélgica e se juntaram a comunidade da Irlanda!




terça-feira, 4 de março de 2014

Francisco: rezar a Deus pelas vocações, para que envie sacerdotes e religiosas com o coração só para Ele

Cidade do Vaticano (RV) - Rezar a Deus pelas vocações, para que envie sacerdotes e religiosas com o coração só para Ele, livres da idolatria, da vaidade do poder e do dinheiro: é a exortação feita pelo Papa Francisco na manhã desta segunda-feira na missa na Casa Santa Marta.

O Evangelho do homem rico que se lança de joelhos diante de Jesus para pedir-lhe o que deveria fazer para herdar a vida eterna, foi o foco da homilia do Papa Francisco. Este homem - disse o Santo Padre – “tinha um grande desejo de ouvir as palavras de Jesus”: era “um homem bom, porque desde a sua juventude tinha observado os mandamentos. Um homem bom”, portanto, “mas isso não era suficiente para ele: queria mais. O Espírito Santo o impulsionava”. Jesus olha para ele com amor e lhe faz a proposta: “Venda tudo e vem comigo pregar o Evangelho”. Mas ele, ouvindo estas palavras, “fechou a cara e foi embora triste”, porque possuía muitos bens:

“O seu coração inquieto, por causa do Espírito Santo que lhe impulsionava a chegar perto de Jesus e a segui-lo, era um coração cheio, e ele não teve a coragem de esvaziá-lo. E ele fez a escolha: o dinheiro. O coração cheio de dinheiro... Mas não era um ladrão, um criminoso, não, não! Ele era um homem bom: nunca roubou, nunca! Nunca enganou: era dinheiro honesto. Mas seu coração estava preso ali, estava ligado ao dinheiro e não tinha a liberdade de escolher. O dinheiro escolheu por ele”. 

“Quantos jovens - continuou o Papa Francisco - sentem em seus corações este chamado para se aproximar de Jesus, e ficam entusiasmados”, “não têm vergonha de se ajoelharem” diante d’Ele, para dar uma demonstração pública de sua fé em Jesus Cristo” e “desejam segui-lo? Mas quando eles têm o coração cheio de outras coisas e não são muito corajosos para esvaziá-lo, voltam para traz, e a alegria se torna tristeza”. Ainda hoje existem muitos jovens que têm vocação, mas às vezes há algo “que os impede”:

“Devemos rezar para que o coração destes jovens possa se esvaziar, se esvaziar de outros interesses, de outros amores, para que o coração se torne livre. E esta é a oração pelas vocações”: “Senhor, envie-nos religiosas, envie-nos sacerdotes, defenda-os da idolatria, da idolatria da vaidade, da idolatria do orgulho, da idolatria do poder, da idolatria do dinheiro. E a nossa oração é para preparar esses corações para poder seguir de perto a Jesus”.

O homem deste Evangelho - afirmou o Papa - é “tão bom, mas também muito infeliz”. Hoje há tantos jovens assim. Por isso, precisamos elevar a Deus uma oração intensa:

“É a oração: “Ajudai, Senhor, esses jovens, para que eles sejam livres e não sejam escravos, para que tenham o coração só para Vós, e assim o chamado do Senhor possa chegar e possa dar frutos. E esta é a oração pelas vocações. Devemos fazer muitas: rezar. Mas, sempre estar atentos: existem vocações. Devemos ajudar para que cresçam, para que o Senhor possa entrar naqueles corações e dar esta alegria indizível e cheia de glória que tem cada pessoa que segue de perto a Jesus”. (SP)


Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2014/03/03/francisco:_rezar_a_deus_pelas_voca%C3%A7%C3%B5es,_para_que_envie_sacerdotes_e/bra-778061
do site da Rádio Vaticano 

domingo, 2 de março de 2014

“Reinventar-se a partir do pó”

cinzas

“Lembra-te, ó homem, que és pó e ao pó hás de voltar” (Gn 3,19). A advertência que, na Quarta-Feira de Cinzas, chama a atenção do ser humano para sua finitude e provisoriedade, por outro lado, apresenta-se como uma porta aberta para a criatividade de quem abre o próprio coração para “reinvertar-se”. Já dizia a poetisa Cecília Meireles: “A vida só é possível reinventada”.
O crente do Antigo Testamento derramava sobre a cabeça um punhado de cinzas para se recordar o quanto era insignificante diante da grandeza de Deus! Sem abandonar por nenhum instante seus atributos grandiosos, Deus se dispôs a fazer-se um de nós no espaço e no tempo: Jesus Cristo, embora sendo em tudo semelhante a Deus, não se apegou a esta condição e se fez Grão de Trigo que, triturado no flagelo da cruz, tornou-se farinha, pó, pão, Pão da vida… Jesus é a presença encarnada de um Deus criativo, que nos chama à mesma criatividade na reinvenção. De uma situação totalmente desfavorável, da aniquilação total em todos os níveis, Jesus se reinventa e, Ressuscitado, eterniza sua presença entre os seus e os convida à mesma dinâmica: reinventar-se significa converter-se, buscar o melhor de si mesmo, com humildade e comprometimento.
Se o pó remete a situações de morte e abandono, também pode ser sinal da doação de muitos elementos que se unem em favor da vida. Basta lembrar-se da sagrada multimistura distribuída em todo o Brasil pela Pastoral da Criança e que vem salvando milhões de vidas infantis das doenças provenientes da desnutrição. Pó da vida. Cada um daqueles ingredientes se doa totalmente, se mói, se destrói para dar origem à mistura da vida e da salvação. É assim que o cristão é chamado a se portar: morrer para si, para o próprio egoísmo, para os interesses superficiais com o objetivo de se integrar a esta grande mistura (comunhão) de vida que é o Reino de Deus.
Que as cinzas recebidas nesta Quarta-Feira sejam sinal deste compromisso em tentarmos ser diferentes, sempre para melhor, sem medo ou qualquer espécie de tristeza por sermos tão pequenos e precários, pois mesmo assim Deus nos ama incondicionalmente. Revistamo-nos do pó que realmente somos, sem lamúria ou complexo de inferioridade, dando graças e louvores a Deus por Ele, mais uma vez, nos convidar a este esforço de conversão.

Frei Gustavo Medella (http://www.franciscanos.org.br/?p=53319)